Está certo que ela não é bem petista. Está no partido há menos de 10 anos e só mudou do PDT para o PT para continuar com uma "boquinha" no governo gaúcho, quando Olivio Dutra foi eleito. Mas não era esperado que a candidata Dilma Rousseff quisesse descolar a sua imagem do partido, tão rapidamente. Até nisso ela segue os passos do seu criador.Vejam que, para livrar a cara de ter assinado o Plano de Governo que prega o fim da liberdade de expressão, a liberação do aborto, o fim da propriedade privada, entre outros absurdos, ela afirmou que "assinou sem ler", que " não concorda com vários pontos do programa do PT" e que a sua candidatura é de "uma coligação", não de um partido. Está certo que o PT não recomenda e faz coisas de corar uma dama, quanto mais uma velha senhora. Mas querer tirar o corpo fora, jogando as culpas para cima do partido, já é forçar a barra. Ontem, simbolicamente, Dilma desfilou em São Paulo com uma identificação soft, muito soft do partido. Uma rosa vermelha que lembrava, de longe, uma estrela. Era a dissimulação em pessoa. Lembrou aquele velho samba que dizia assim:
"Queixo-me às rosas,
mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti..."
O PT, que já teve que entubar e engolir uma candidata imposta por Lula, não vai se queixar. Não tem moral e nem força para isso. A Dilma vai roubar todo o perfume da sigla, mas jamais vai assumir quando expelir coisas fedorentas como este Plano de Governo chavista bolivariano. Nestas horas, como agora, ela será a primeira a gritar: "peidei, mas não fui eu!". E o partido, como sempre, vai limpar a fossa, pois os fins justificam os meios.
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