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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lula deve explicações sobre o Banco Votorantim e não sobre a Nossa Caixa.

Hoje Lula fez demagogia com a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Considerou uma bondade sua, a de "dar" R$ 6 bilhões para José Serra, mesmo que ele fosse o "adversário" e que tivesse gente do governo mandando contra. Mesmo assim, Lula aproveitou para afirmar, em plena campanha eleitoral criminosa,  que"vamos ganhar as eleições"Já que Lula está falando em bancos, também deveria explicar porque pagou R$ 4,2 bilhões por 49,9% do Banco Votorantim, do Antonio Ermírio de Moraes. Lula mandou ajudar um empresário em dificuldades, usando dinheiro público, sem ficar com o controle do negócio. Lula apenas salvou o Grupo Votorantim - um dos grupos controladores da empresa Aracruz Celulose - um dos mais afetados pela crise cambial, que teve grandes perdas em operações com dólar no mercado financeiro. Sabem o que Lula fez, na prática?  Mandou o Banco do Brasil injetar recursos no Banco Votorantim, sem controle algum. Criou uma linha de crédito disfarçada, para escapar da fiscalização. Usou o Banco do Brasil como um hospital, assim como está usando o BNDES.  É por isso que os grandes empresários adoram o Lula. O negócio dele é Bolsa Família para os desdentados e Bolsa Tesouro para os grande empresários.
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O Banco do Brasil comprou metade do Banco Votorantim sem fazer auditoria na saúde financeira da instituição. A inconsistência foi revelada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após avaliação dos termos da aquisição de R$ 4,2 bilhões feita em janeiro. Em relatório, os ministros afirmam que “compete esclarecer que não foi realizada “due diligence” para identificar eventuais necessidades de ajustes nos balanços de partida” que nortearam o negócio. due diligence é um processo comum usado em aquisições e fusões em que a vida financeira da companhia-alvo do negócio é avaliada minuciosamente. São levantados aspectos como passivos trabalhistas e financeiros, pendências judiciais e fiscais, entre outros itens. O objetivo da diligência é avaliar o real preço da companhia e, ao mesmo tempo, verificar se o negócio será lucrativo para o interessado. Em alguns casos, são meses de avaliação. “A grosso modo, (não fazer essa investigação) é como comprar um carro sem abrir o capô e verificar o estado do motor”, diz Ruy Coutinho, ex-secretário de Direito Econômico, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) e presidente da Latin Link Consultoria. Após avaliar as últimas aquisições do BB, o TCU constatou que a compra do Votorantim ocorreu em termos bastante distintos. Em compras como a da Nossa Caixa e outros bancos estaduais, o BB divulgou as avaliações para justificar o negócio. No caso do Votorantim, tudo foi mantido em segredo. “Ao contrário das outras operações (Nossa Caixa, Besc e BEP), não foi dada publicidade aos relatórios de avaliação que subsidiaram a aquisição de participação no Votorantim”, diz o relatório. Uma das explicações para a ausência da auditoria na compra do Votorantim é dada pelo próprio relatório. O TCU observa que a crise afetou o Votorantim e, para evitar problemas de solvência, o banco precisou ser vendido rapidamente. “O grupo assumiu perdas de R$ 2,2 bilhões no final de 2008 devido à sua exposição às oscilações do câmbio. O Banco Votorantim, que responde por um quarto da receita das operações do conglomerado, começou, então, a enfrentar problemas de liquidez”, diz o relatório. Os ministros observam que a instituição passou, então, “a captar recursos pelo prazo de um a dois anos e a usá-los como funding de financiamentos de maior prazo”. A venda de participação acionária passou a ser encarada como “solução mais adequada para o problema”. 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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