Divertido acompanhar os tortos caminhos que a internet faz para chegar ao televisor da sala. Primeiro foram aqueles temiveis “Web TV”s do começo dos anos 2000 (conheço gente que largou bons empregos por salários milagrosos em startups na época da bolha, que estourou em pouco tempo): teclados e set-top box oferecendo navegação tosca na tela da TV.
Depois, consoles como Xbox 360 começaram a fazer a conexão (e tornar o termo media center mais popular) mais confiável. Teve o
Joost, já esquecido, tentando fazer o caminho contrário: levar a TV para a internet, algo que se consolidou com o YouTube.
E hoje vivemos num mundo com
XBMC e
Boxee fazendo a festa dos tecnologicamente avançados. Para ajudar, os fabricantes de eletrônicos (Panasonic, Philips, LG, Samsung, Sony) também apostam nisso: serviços online que complementam a experiência televisiva. Na prática, o
Google TV, anunciado hoje pelo Google, vai popularizar o conceito do Boxee e deixar obsoletos esses sistemas online das “TVs conectadas” de hoje.
O Google disse que lança o Google TV no segundo semestre nos EUA, com
expansão internacional em 2011. Pode até valer a pena esperar. Com preguiça pra montar um PC media center decente (e zero vontade de ter um console pra isso), o Google TV parece ser uma alternativa simpática para conteúdo online na TV. Mais legal que não precisa de habilidades nerds como o XBMC ou o Boxee, nem tem restrições de acesso como as TVs online têm hoje. Ligou na tomada, na rede, pronto.
Só me dá preguiça de pensar que logo mais alguém vai ter a brilhante ideia de inserir “Ginga” (argh) num Google TV abrasileirado. Isso é pra matar a TV digital (decolou? alguém viu?) brasileira e o modo de ver TV em qualquer lugar do mundo, não pra ser enforcado por ela. Internet É interatividade, não precisa de uma camada adicional imposta por lei para forçar a barra.
O
vídeo abaixo explica bem o que é o Google TV. Intel, Sony e Logitech estão no mesmo bonde (sim, eu escrevi…
SONY!), prometendo gadgets milagrosos para o futuro próximo. Apple TV que se cuide: sempre me pareceu um produto esquecido pela turma de Cupertino, quem sabe agora a coisa muda.
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