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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Só se queimarem os dicionários...

De um editorial do Estadão: 

" A internet, de fato, está infestada de mensagens acusando Dilma de "terrorista" por sua vinculação a organizações que recorriam à luta armada contra o regime militar, motivo por que foi presa, torturada e condenada. Pode-se argumentar que ela e os seus não lutavam pela volta da democracia, mas pela substituição de uma ditadura por outra. O ponto, no entanto, é que, diante da difamação da candidata, Lula lembrou que Mandela também aprovou o uso da força como último recurso contra o regime de supremacia branca na África do Sul. Neutralizaria, assim, a agressão e, de quebra, invocaria a favor de Dilma um nome glorioso o que a imprensa assinalou".
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Terrorismo, pelo Dicionário Houaiss:
  • " emprego sistemático da violência para fins políticos, especialmente a prática de atentados e destruições por grupos cujo objetivo é a desorganização da sociedade existente e a tomada do poder".
Terrorista, pelo Dicionário Houaiss:
  •  "diz-se de ou pessoa partidária do terrorismo ou que pratica atos de terrorismo". 
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Não há nenhuma difamação contra a candidata, quando o seu passado é relembrado e a qualificam como"terrorista". Está claro na definição que, mesmo que não tenha praticado atos, basta ser partidária para ostentar tal qualificação. E, não há dúvida alguma, Dilma Rousseff foi "membro" de várias organizações que utilizavam o "terrorismo" como forma de luta, segundo dezenas de depoimentos da própria candidata, espalhados na internet.

Membro, pelo Dicionário Houaiss:  
  • "pessoa que integra um corpo social, político ou administrativo, uma família, um grupo que tem atividades, interesses e objetivos comuns etc." 
Não adianta querer dourar a pílula. Dilma Rousseff, etimologicamente, foi uma "terrorista". Não dá para apagar a história, tampouco a biografia. Cabe ao eleitor julgar, com independência, a biografia real e incontestável da candidata. Os dados podem estar errados, tendo em vista que a história foi apagada pelos dois lados. Fatos podem ser negados, mas jamais a condição da candidata: foi "terrorista", sim! E quem está dizendo é o Houaiss.

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