Não, você não leu errado: Dilma Rousseff REALMENTE fez essa denúncia. Ela realmente falou que há ainda mais corrupção no governo de que fez parte. E, acreditem, não foi um improviso. Era seu "script" para responder à candidata Marina Silva no debate da TV Record para o caso de perguntar sobre corrupção na Casa Civil.
E Marina perguntou, cobrando providências sobre a corrupção generalizada na Casa Civil, pasta da qual Dilma foi titular e na qual ficou seu braço-direito, Erenice Guerra. Na resposta, alegando usar todos os esforços para combater os malfeitos, a petista usou tática inovadora: em vez de acusar partidos adversários, acusou A ADMINISTRAÇÃO DE QUE FEZ PARTE. Isso mesmo.
Falou que no Ministério do Meio-Ambiente houve pessoas de cargos de chefia envolvidas em vendas de madeira ilegal. Marina era a ministra, isso é verdade, mas até onde se sabe o órgão sempre integrou o Governo Federal. Se já foi espantosa a declaração de Guido Mantega, quando indagado sobre sigilos, dizendo "isso acontece muito" no órgão que dirige, definitivamente não foi menos teratológico o suposto "revide" de Dilma.
A idéia seria atacar Marina - a resposta estava escrita, nota-se que houve algum ensaio (não suficiente para que decorasse a fala). Mas que diabo de tática é essa? O povo cai? Talvez, pois alguns "analistas" e até partidários comemoraram o que seria uma "pancada".
De todo modo, basta ter polegares opositores para saber que o golpe foi desferido CONTRA O GOVERNO FEDERAL, já que o Ministério do Meio-Ambiente não funciona de forma autônoma. Bem como são responsabilidade desse mesmo governo corrupção e crimes cometidos na Casa Civil, Receita Federal etc.
Chega-se, assim, à tragicômica situação em que uma candidata governista, sem responder suficientemente aos questionamentos sobre corrupção ocorrida no governo que integrava (e na pasta por ela ocupava), adota a "tática" de acusar ainda mais O MESMO GOVERNO, na esperança de ver respingar na candidata que lhe cobrou providências.
Ou apostam na burrice generalizada, ou acreditam na tese de que ninguém vê debate (os que vêem, nesse sentido, já teriam escolhido seus candidatos). Seja qual for a hipótese, a cara de pau é inequívoca.
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