A Defensoria Pública da União (DPU) revelou nesta segunda-feira que vai recomendar ao Ministério da Educação (MEC) que anule o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no último final de semana. A prova deste ano foi marcada por dois erros graves: um nos cartões de resposta e outro em parte dos cadernos de perguntas.Se o MEC não acatar sua sugestão, a Defensoria Pública informou que vai ajuizar uma ação civil pública em nome dos alunos prejudicados pedindo a anulação das provas. Os problemas causaram confusões e reclamações de muitos estudantes, que afirmam não ter recebido orientações sobre as falhas nos locais de prova. A primeira confusão aconteceu porque, para evitar cola, o Enem tem quatro versões de prova: amarelo, azul, rosa e branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do caderno de prova amarelo estavam misturadas com folhas da prova branca. Embora o número das 90 questões no caderno de prova e no cartão coincidissem, havia discrepância no cabeçalho do gabarito. As 45 questões de ciências humanas estavam sob a tarja ciências da natureza e vice-versa, o que causou dúvidas. A DPU disponibilizou um endereço de e-mail para o qual os alunos que se sentirem prejudicados pelas falhas do MEC podem divulgar nome, local da prova, falhas encontradas e orientação do fiscal quando o erro foi relatado. Essas informações servirão de base para a Defensoria, caso resolva, de fato, mover a ação coletiva.
(Charge de Zé Dassilva, publicada no Diário Catarinense)
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