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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Campanha ilegal, amoral e ainda por cima Lula reclama e se acha o tal

Patrocinado por estatais, 1º de Maio terá Lula e Dilma

Empresas dão R$ 2 mi para comemorações; presidente vai pela 1ª vez desde que assumiu

Técnicos do TSE dizem que a participação do presidente e da pré-candidata pode ser questionada como uso da máquina em pré-campanha 


Eduardo Knapp/Folha Imagem

Palco da festa de 1º de Maio da Força Sindical é enfeitado com logomarcas
das estatais que são patrocinadoras do evento em SP


Folha de São Paulo

Cinco estatais do governo Lula (Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e Eletrobras) desembolsaram R$ 2 milhões para bancar as festas do 1º de Maio, hoje em São Paulo, das principais centrais sindicais do país, a qual comparecerão o presidente e a pré-candidata, Dilma Rousseff (PT).
A título de patrocínio, as cinco autarquias do governo, do qual Dilma foi ministra até o final de março, destinaram verbas para os festejos de CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores), que farão um ato unificado com outras centrais menores.
A CUT, cujo evento receberá R$ 1 milhão, estampou em seu material de divulgação a logomarca do próprio governo federal: "Brasil, um país de todos".
A Força informou que também receberá R$ 1 milhão das mesmas autarquias, com exceção do BNDES, e que sua lista de patrocinadores inclui várias empresas de capital privado. O governo patrocina anualmente esses eventos, mas é a primeira vez, em oito anos de governo, que Lula comparecerá.
As duas centrais não quiseram detalhar quanto cada estatal se comprometeu a bancar. Procuradas, a Petrobras, a Caixa e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgaram os valores (leia nesta pág.). A UGT captou R$ 100 mil da Petrobras.
Segundo técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ouvidos pela Folha, a passagem de Lula e Dilma nos eventos poderá ser questionada na Justiça por uso da máquina pública em ato de pré-campanha.
Um dos argumentos que caracterizariam cunho eleitoral do evento da CUT, segundo os especialistas, é que foi anunciado o lançamento de um documento intitulado "Plataforma para as eleições de 2010".
O presidente já foi multado duas vezes, num total de R$ 15 mil, por campanha antecipada -só é permitida a partir de julho. Desde 10 de abril, quando discursou no ABC em ato de sindicatos, ele não aparece com Dilma. O PSDB entrou com representação no TSE contra esse evento. O relator é o ministro Henrique Neves, que ainda não se pronunciou.
Além de Lula e Dilma, integrarão a comitiva petista hoje os candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, e ao Senado, Marta Suplicy.
Historicamente ligada ao PT, a CUT afirma que gastou R$ 1 milhão com o Dia do Trabalho. Além das cinco estatais, disse ter recebido ajuda da Braskem, braço petroquímico da empreiteira Odebrecht. A central chegou a estampar no site do 1º de Maio a logomarca de mais uma estatal, a Infraero, responsável pela administração dos aeroportos do país. Questionada pela reportagem, a Infraero negou ter desembolsado verba para o evento. No mesmo dia, a CUT retirou o logotipo do site.
Vitaminada pelo PDT, sigla que integra o arco de alianças da chapa de Dilma, a Força disse que o custo de seu evento é de R$ 2,5 milhões. Além da ajuda do governo, captou a outra fatia dos recursos com Bradesco, Itaú , BMG, Bovespa, Casas Bahia, Brahma e Nestlé.

Festas
O evento da CUT será realizado no Memorial da América Latina (zona oeste) e reunirá representantes sindicais e políticos de esquerda de países vizinhos. A estimativa de público é de 35 mil pessoas. O da Força ocorrerá na praça Campo de Bagatelle (zona norte), com previsão de mobilizar 1,5 milhão de pessoas. Ambos serão gratuitos e vão ter shows populares. A Força sorteará prêmios como 19 carros e um apartamento.
Durante a semana, as duas centrais comemoraram nos sites a visita de Lula e Dilma. As duas centrais argumentaram ter convidado também o adversário tucano José Serra, que viajará hoje para um ato evangélico em Santa Catarina.
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Lula critica "elite brasileira" e comemora lista da "Time"

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste sábado "parte da elite brasileira" por não acreditar que conseguiria governar o país e comemorou ter sido escolhido um dos líderes mais influentes do mundo por uma revista norte-americana.

"Eu fico feliz quando a revista Time diz que eu sou a pessoa mais influente do mundo. Porque a elite brasileira dizia que eu não tinha competência para governar", disse Lula em discurso no evento do Dia do Trabalho promovido pela Força Sindical em São Paulo.

"A elite (brasileira) dizia que eu não falava inglês, mas meu coração pensa brasileiro, meu coração pensa o povo brasileiro."

Lula disse ainda que a "elite fica ofendida quando o Le Monde (jornal francês) e o El País (jornal espanhol) me escolhem Homem do Ano, quando negociamos a paz em Israel, quando vou ao Irã."

"Mas esse país é soberano, é um povo feito de homens e mulheres que andam de cabeça erguida e nós que decidimos onde vamos."

Na quinta-feira, a revista norte-americana Time elegeu Lula como um dos 25 líderes mais influentes do mundo.

Pela primeira vez desde que assumiu a Presidência, em 2003, Lula participa de comemorações do Dia do Trabalho. Além do compromisso desta manhã, estará em outros três eventos, acompanhado da pré-candidata petista à sucessão, Dilma Rousseff.

(Reportagem de Hugo Bachega)

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