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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Não vote em político corrupto


Sempre, pelo menos em época de democracia, as pessoas tendem a acreditar que os políticos são ladrões, corruptos e várias outras denominações semelhantes. De certa forma, a sociedade tem razão, dada a recorrência de fatos desagradáveis envolvendo políticos dos mais variados níveis, partidos e ideologias políticas. São fatos que deixam as pessoas totalmente desacreditadas com relação às pessoas que são eleitas, fazendo com que estas tenham muita pouca credibilidade perante à sociedade. Como sabemos, existem muitos políticos que trabalham com afinco, que são honestos e que cumprem fielmente o que um bom político deve fazer, então resta uma pergunta: O que fazer para que os péssimos políticos sejam excluídos das eleições, fazendo com que somente os bons permaneçam?

Uma iniciativa muito importante tomada neste sentido foi idealizado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e encampado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Essa iniciativa ficou conhecida como projeto da Ficha Limpa, onde mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o Brasil assinaram um pedido de projeto de lei no qual pessoas que tivessem condenação na justiça não pudessem se candidatar a nenhum cargo eletivo. Isso pode ser considerado muito positivo para a melhora do nível da classe política porque a existência de uma lei com esse teor poderia muito bem impedir que pessoas que praticaram delitos de qualquer natureza pudessem ser eleitas tanto quanto qualquer cidadão honesto e de bom caráter. O grande problema é que o projeto original foi aprovado na Câmara Federal em 04/05/2010 totalmente desfigurado. Entre as mudanças, foi aprovado que somente serão impedidos de se candidatar e ser eleitas as pessoas condenadas em segunda instância e também essas pessoas teriam direito de requererem efeitos suspensivos possibilitando-as de concorrerem normalmente, desde que o efeito suspensivo seja aceito.

Isso é uma pena, visto que originalmente o projeto previa-se que pessoas condenadas em primeira instância ficariam inelegíveis e não haveria a figura do efeito suspensivo. Tem-se mais claramente a importância de transformar em lei o projeto original da Ficha Limpa quando se verifica que um percentual muito grande dos políticos, principalmente do legislativo, possui problemas na justiça. Em um levantamento da organização Transparência Brasil, observou-se que 45% dos deputados estaduais de São Paulo e 43% dos do Rio de Janeiro possuem problemas na justiça ou no Tribunal de Contas. O grande problema é que até mesmo os que vão julgar os colegas em cada uma dessas casas possuem problemas legais. O conselho de ética da ALESP tem 40% de seus membros envolvidos com problemas na justiça, na ALERJ esse percentual é de 57%.

Existe a necessidade de pessoas que sejam competentes, honestas, respeitadoras das pessoas e das leis existente em nosso país para levar a nossa sociedade ao melhor, a uma vida mais alegre, feliz e mais próspera. Mas, deve-se fazer tudo isso também com honestidade em todos os sentidos. Todos os esforços que forem realizados no sentido de purificar a classe política serão sempre bem vindos e sempre devem ser estimulados. Esse trabalho realizado por essas duas ONGs e pela CNBB é muito importante, onde premia a honestidade e a ética. As pessoas devem participar mais, pedir mudanças que levem à alteração da situação mostrada acima nas duas principais assembléias legislativas do Brasil. Quase a metade dos atuais deputados estaduais desses dois estados é corrupta. A principal obrigação do cidadão honesto que batalha com o seu trabalho é procurar saber quem são esses e não votar em nenhum deles. Não eleja um deputado corrupto, existe alternativa muito melhor do que esses ladrões transvertidos de anjos.

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