O evento de inauguração da usina hidrelétrica Foz do Chapecó (SC), agendado para a última sexta e cancelado de última hora pelo Palácio do Planalto, foi preparado pela Capacità Eventos, empresa cujo sócio é Ibanês Cássel, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Cássel é homem de confiança de Dilma Rousseff (PT) no setor elétrico e sócio de uma empresa de eventos que multiplicou seu patrimônio com contratos com a União. Ele nega irregularidades.
Segundo o consórcio que administra a usina, a participação de Lula estava confirmada até a noite de quarta-feira, quando o Planalto comunicou o cancelamento.
O motivo alegado foi "alteração de agenda". A previsão é que a cerimônia seja remarcada para dezembro.
Segundo a Foz do Chapecó, a equipe precurssora do Planalto esteve no local na quarta. A estrutura para a cerimônia estava montada, o serviço de alimentação já havia sido contratado, e os convidados chamados.
O anúncio do evento estava publicada no site da Capacità, cujos sócios são o diretor da EPE e sua mulher, Eliana Azeredo, até ontem.
A empresa informou que ainda calcula o prejuízo causado já que terá de pagar.
Projeto prioritário do PAC, a usina tem investimento de R$ 2,64 bilhões.
O controle acionário da Foz do Chapecó é composto por empresas públicas e privadas: CPFL Geração (51%), Furnas (40%) e a CEEE-GT (Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica, 9%).
O Planalto informou que o cancelamento ocorreu porque a viagem de Lula ao Piauí, no dia anterior, foi mais longa do que o previsto. Da Folha de S. Paulo desta quarta-feira
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