Leiam trechos de entrevista concedida por Tarso Genro(PT-RS), governador eleito no Rio Grande do Sul com o apoio da Rede Brasil Sul de Comunicações, afiliada Globo no estado, que empregou Dilma Rousseff para fazer o projeto que privatizou a CRT (comprada pela empresa) e que moveu uma sórdida campanha contra Yeda Crusius(PSDB-RS), sendo correia de transmissão de dezenas de acusações que, posteriormente, foram desqualificadas pela Justiça. A entrevista foi dada para a Folha de São Paulo.
Folha - Por que Dilma não venceu no primeiro turno?
Tarso Genro - Embora estivéssemos esperando ganhar no primeiro turno, isso não é novidade. Lula, com todo o seu prestígio, também não ganhou. Dilma fez uma excelente campanha, alcançou praticamente o mesmo percentual do Lula nas outras eleições. Não pode ser debitada a ela, e sim a fatores imprevistos, que a campanha não levou em consideração.
Por exemplo?
A praticamente unanimidade que houve na mídia contra a candidatura Dilma. Houve um trabalho, muito bem-feito pelos tucanos, por dentro da maioria da mídia, não toda, que funcionou como bloco auxiliar de sustentação da candidatura do Serra e contra nós. Foi um fator importante, mas não deveríamos ter sido surpreendidos. Deveríamos ter considerado essa possibilidade.
Mas a imprensa cumpriu seu papel de expor candidatos...
A mídia faz isso e deve continuar fazendo, mas isso não tira o juízo de que a maioria o fez em função da candidatura do Serra, o que é natural num processo democrático. Nem se exigiu que fosse o contrário. Como em outras oportunidades, pessoas do nosso campo político tiveram uma sustentação, pelo menos equilibrada, em relação a outros candidatos.
Que setores da mídia?
Não toda, parte da mídia. Não houve uma articulação total, até porque a mídia no Brasil tem uma certa diversidade. Parte da mídia inclusive declarou formalmente o apoio [a Serra], e outros o fizeram de maneira implícita.
Tarso Genro - Embora estivéssemos esperando ganhar no primeiro turno, isso não é novidade. Lula, com todo o seu prestígio, também não ganhou. Dilma fez uma excelente campanha, alcançou praticamente o mesmo percentual do Lula nas outras eleições. Não pode ser debitada a ela, e sim a fatores imprevistos, que a campanha não levou em consideração.
Por exemplo?
A praticamente unanimidade que houve na mídia contra a candidatura Dilma. Houve um trabalho, muito bem-feito pelos tucanos, por dentro da maioria da mídia, não toda, que funcionou como bloco auxiliar de sustentação da candidatura do Serra e contra nós. Foi um fator importante, mas não deveríamos ter sido surpreendidos. Deveríamos ter considerado essa possibilidade.
Mas a imprensa cumpriu seu papel de expor candidatos...
A mídia faz isso e deve continuar fazendo, mas isso não tira o juízo de que a maioria o fez em função da candidatura do Serra, o que é natural num processo democrático. Nem se exigiu que fosse o contrário. Como em outras oportunidades, pessoas do nosso campo político tiveram uma sustentação, pelo menos equilibrada, em relação a outros candidatos.
Que setores da mídia?
Não toda, parte da mídia. Não houve uma articulação total, até porque a mídia no Brasil tem uma certa diversidade. Parte da mídia inclusive declarou formalmente o apoio [a Serra], e outros o fizeram de maneira implícita.
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