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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lula incita políticos a enfrentar a imprensa, que ele acusa de covarde. Ex-jornalista nega em discurso a existência do mensalão


Lula participou ontem de um evento promovido por uma candidata a revista chamada Carta Capital. Trata-se de um panfleto governista, generosamente patrocinado pelo governo e por estatais, editado pelo ex-jornalista Mino Carta, que chega a ter menos leitores do que os blogs sujos financiados pelo leite de pata da verba oficial. A cartilha premiava alguns empresários — e Lula era o convidado de honra da solenidade.

O Babalorixá voltou a atacar a imprensa, acusada de “uma covardia muito grande”. Falava na solenidade promovida por uma “revista”. Ninguém se veja tentado a apontar aí uma contradição porque, obviamente, a Carta Capital é outra coisa, como deixou claro o próprio Carta, esse Colosso de Rhodes do jornalismo.

Lula incitou os políticos: “A única coisa que quero é que digam a verdade e somente a verdade. Contra ou a favor, mas digam apenas a verdade. Enquanto a classe política não perder o medo da imprensa, a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país. A covardia é muito grande”. Ele também atacou a Justiça Eleitoral, que impediu a circulação de uma revista da CUT que faz a campanha de Dilma: “E depois eles falam em democracia, em liberdade de expressão”. A exemplo da revista de Mino, a da CUT também é financiada por estatais (ver post acima).

O valentão criticou ainda “uma revista” — não citou o nome — em que “tem uma fotografia na capa que é um acinte à democracia”. Talvez estivesse se referindo à VEJA, que traz na capa a foto do senador eleito Aécio Neves (PSDB), um dos campeões de voto no país e que aplicou uma surra eleitoral nos petistas e peemedebistas de Minas. Lula acha um “acinte”. O que honra a democracia é a revista de uma central, que vive do imposto sindical, fazer campanha para a candidata do PT com patrocínio de duas estatais: Banco do Brasil e Petrobras. Ou aquele “negócio” dirigido por Mino Carta.

Lula foi precedido nas críticas à imprensa pelo próprio ex-jornalista, que negou em seu discurso, calculem!, que o mensalão tenha existido. É dessa imprensa que Lula gosta, daquela que “diz a verdade e somente a verdade”!

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