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terça-feira, 19 de outubro de 2010

CNBB/Rio recomenda voto em 'defesa da vida'

Em nota, bispos da Regional Leste 1 também condenam o Programa Nacional de Direitos Humanos 3.
Agência Estado - 18/10/2010 - 22h29
Rafael Andrade/Folhapress
Dom Orani: distribuição de panfletos está vetada nas igrejas do Rio.
No mesmo dia em que a candidata Dilma Rousseff receberia um manifesto de apoio com mais de 600 assinaturas de religiosos de diferentes igrejas, a Regional Leste 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – que engloba os 21 bispos do Estado do Rio de Janeiro – divulgou nova nota oficial recomendando o voto em quem "defendeu e defende o valor da vida desde a sua concepção até o seu término natural com a morte".

Na nota, os bispos renovam "a nossa crítica ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), mesmo depois de ter sido retirada a proposta da legalização do aborto". A assessoria da Arquidiocese do Rio garante que não tem ligação a divulgação da nota com o evento, também ontem à noite, em que intelectuais e juristas manifestariam apoio à candidata do PT.

Segundo assessores da arquidiocese, a divulgação da nota assinada pelos bispos Dom Rafael Llano Cifuentes (Nova Friburgo), Dom José Ubiratan Lopes (Itaguaí) e Dom Filippo Santoro (Petrópolis) já estava prevista há tempos para ocorrer ontem. A nota insiste que a "Igreja católica não tem partido ou candidato próprios" mas, "incentiva, agora mais do que nunca, a dar o voto a quem respeita os princípios éticos e os critérios da Moral Católica, indicados na Doutrina Social da Igreja".

Apesar de os bispos dizerem que a Igreja é apartidária, a nota volta a criticar a 3ª versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, ou seja, a apresentada pelo governo Lula. Para os bispos, de nada adiantou o governo modificar o plano retirando a proposta da legalização do aborto porque, segundo eles, "foi falaciosamente indicada como questão de saúde pública".

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, que no final de semana impediu a distribuição nas igrejas do Rio de panfletos condenando candidatos, em artigo publicado em jornais do Rio insiste que a sua orientação é contrária aos padres fazerem campanha.

No artigo, ele convoca os fiéis, "na liberdade e na responsabilidade do foro sagrado e secreto do poder eleitoral que o voto faculta, a comparecer às urnas e exercitar a sua cidadania fora de qualquer pressão externa para votar em consciência nos candidatos que tenham compromisso com o Evangelho, que respeitem a vida desde a concepção até o seu termo natural, passando por todos os momentos da vida humana e ajudando as pessoas a viverem com dignidade no trabalho, saúde, habitação, lazer, locomoção, comunicação".

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