A biografia de Dilma Rousseff está no limite da ilegalidade. Quantas vezes, na sua curta vida pública, ela teve que "negar veementemente" a participação em alguma falcatrua, como mostra o Estadão de hoje? Desde oDossiê contra Fernando Henrique Cardoso e Dona Ruth Cardoso, que reconheceu como sendo um "banco de dados" até o pedido para que a Receita Federal botasse uma pedra sobre uma investigação contra aQuadrilha do Maranhão, passando pelo Dossiê contra Serra e chegando, agora, à acusação feita pelo número 2 do Ministério da Justiça, em gravações transcritas pela revista Veja, de que pressionava um órgão público para que montasse ataques a adversários. Lula, envolvido em "caixa 2" e no mensalão, foi poupado, pois a oposição achou melhor "deixá-lo sangrar". Não é possível que o país deixe passar mais esta gravíssima acusação contra uma candidata à presidência, cuja biografia está escondida e blindada no cofre do Superior Tribunal Militar, por iniciativa de uma juíza que já foi a ela subordinada e que só está por sua indicação e interveniência. Depois de ter lutado para impor uma Comissão da Verdade, para julgar "crimes cometidos pela ditadura" , ou seja, os crimes dos outros, por que Dilma Rousseff não revela a sua biografia sobre este período? Isto permite que o Brasil pense o pior a seu respeito. Que pode ter "justiçado" ou delatado companheiros, por exemplo. E que as "torturas" que alega ter sofrido tenham sido falsas, apenas para resguardar a biografia de uma delatora. Poupar Lula foi um erro que poderá custar, muito em breve, a nossa própria democracia. É inconcebível que a Oposição permita que uma candidata passe uma vida inteira transgredindo a leia e ainda chegue às vésperas das eleições com um "caixa 2" na sua biografia. Com certeza, hoje, mais de 90% dos brasileiros não sabem que Dilma Rousseff pegou em armas e participou de organizações terroristas que mataram, torturaram e assaltaram. É correto que o Brasil não tenha o direito de concordar ou não com isso? José Serra não está escondendo nada sobre a sua vida. E tem o direito de exigir que Dilma Rousseff faça o mesmo, no horário político eleitoral, na frente de 190 milhões de brasileiros.
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