Da Folha de São Paulo, um jornal que, como tantos outros, ainda não conseguiu "ler" o que vai ocorrer com a liberdade de imprensa no Brasil, nos próximos anos, se os grupos terroristas dos anos setenta tomarem definitivamente o poder.
A EBC (Empresa Brasil de Comunicação), vinculada à Presidência da República, assinou no último dia 22, na Argentina, uma carta de intenções para a criação de uma associação que integrará agências de notícias mantidas pelos governos de nove países da América Latina. Também assinaram o documento as estatais da Argentina, Bolívia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai e Venezuela. A criação da Ulan (União Latino-americana de Agências de Notícias) ocorreu em Bariloche em paralelo ao 3º Congresso Mundial de Agências de Notícias. A íntegra da carta não havia sido divulgada até ontem pela organização argentina do congresso, a cargo da Télam. A assessoria divulgou que a Ulan será "uma associação que tem como fim construir um espaço coletivo de intercâmbio de conteúdos, experiências e formação profissional, com o objetivo de facilitar a inserção na agenda informativa global de uma visão regional própria". O ex-prefeito do Rio e dirigente do DEM Cesar Maia disse, em texto distribuído na internet, que a Ulan "pretende organizar e controlar a mídia dos países comprometidos com o socialismo do século 21 de Hugo Chávez". A assessoria da Télam não respondeu à Folha até o fechamento desta edição. A EBC negou que a Ulan tenha intenção de "controle". "O objetivo não se relaciona com o conteúdo distribuído pelas agências e muito menos com seu controle. Não buscará ela contrapor-se a outras mídias e veículos e sim a desenvolver esforços conjuntos para o fortalecimento recíproco das agências públicas de notícias."
Junto, os primeiros passos para o controle social da mídia no Brasil. Eles não perdem tempo.
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