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O estelionato da Pré-Sal tem as digitais de quem?
Do Direto da Redação, de Cláudio Lessa, com íntegra aqui:
O que acontece é que, para prospectar essa torta de óleo nos cafundós das profundezas do mar, a Petrobras não tem dinheiro. Nem ela, nem o desgoverno que a aparelhou, nem ninguém – nem aqui, nem no exterior. Os investimentos necessários, segundo se informa, são de quase 240 bilhões de dólares. (Como paralelo de mensuração, e entre parênteses, a gigante ferida GM anunciou há pouco que pretende lançar ações para captar 15 bilhões de dólares no mercado, o que já é um caminhão de dinheiro, de qualquer ângulo que se olhe para isso; o Bolsa Esmola, outro parâmetro comparativo, custa cerca de 7 bilhões de dólares por ano). Como sair da sinuca de bico? No caso de uma turma acostumada a dar um nó em pingo d’água depois do outro – e, o que é melhor, impunemente, nada mais fácil. Não há dinheiro? Quanta bobagem! Pode-se pagar perfeitamente com o óleo que ainda está (ou, lembre-se bem, pode não estar) lá embaixo, a milhares de metros de profundidade.Numa operação dessas, segundo as regras do mercado financeiro, se a Petrobras fizer o que se denomina uma “chamada de capital”, os outros dois terços dos acionistas, pulverizados entre milhares de investidores minoritários brasileiros e estrangeiros, receberão prioritariamente a oferta de comprar o novo lote de ações. E aí surge o pulo do gato potencialmente fatal para o atual equilíbrio das cotas: o desgoverno paga sua fatia (atualmente calculada entre 50 e 100 bilhões de dólares) com um vale-óleo escrito (figurativamente) a lápis. Os acionistas minoritários, para comprar as novas ações, terão que pagar à vista, cash.
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