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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ROSEANA SARNEY REAGE À DENÚNCIA DE LAVAGEM DE DINHEIRO. DILMA QUER VER AS PROVAS.


Portal do Estadão publicou facsímiles de vários documentos veja aqui 
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), afirmou no domingo, por meio de nota oficial, que a publicação da reportagem sobre a lavagem de dinheiro por meio de empréstimo com o Banco Santos tem caráter eleitoral para prejudicá-la na campanha à reeleição. Ela desmente irregularidades no empréstimo, mas não nega ter dinheiro no exterior. Para a governadora, o episódio tem relação com a descoberta de gás no Maranhão. Já Dilma Rousseff disse que quer ver as provas antes de falar.

"É muito estranho que uma denúncia fantasiosa, de seis anos atrás, seja desenterrada agora que estamos em plena campanha eleitoral, quando todas as pesquisas apontam uma tranqüila liderança para a minha candidatura. E mais: que a denúncia reapareça um dia depois de ter sido anunciada a descoberta de gás no Maranhão, num volume tal que vai transformar o nosso estado em responsável por 25% do gás produzido no Brasil", disse Roseana.
O Estado obteve todo o processo de empréstimo concedido à Bel-Sul. A governadora do Maranhão participou pessoalmente da operação financeira. É ela quem assina, ao lado do marido, o contrato de empréstimo de número 14.375-3 e as hipotecas registradas em cartório.

Na época, Roseana - que disputa hoje a reeleição ao governo do Maranhão - detinha 77,9% da Bel-Sul e seu marido, 22,1%. Hoje, sua participação está nas mãos da filha, Rafaela. Murad continua administrando a empresa. São antigas as relações entre a família Sarney e Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos. Edemar é padrinho de casamento de Roseana e Jorge Murad. "Não fiz nada de ilegal, não devo nada a ninguém e para mim este assunto está encerrado", disse Roseana, na nota. "Mais uma vez, em época de campanha eleitoral, repito, começam a surgir denúncias e acusações descabidas, ofendendo minha honra e meu passado", ressaltou.

Condenado a 21 anos de cadeia, Edemar chegou a ser preso, mas recorreu e responde em liberdade. Foi condenado por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, crime organizado e formação de quadrilha. O rombo no Banco Santos foi estimado em R$ 2,9 bilhões. A instituição financeira virou uma massa falida busca salvar as dívidas com seus credores.Facsímile e texto do portal do Estadão

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