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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Candidata pró-aborto com mais chance de vencer a presidência do Brasil luta contra crescente onda de sentimento pró-vida


Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
BRASÍLIA, Brasil, 14 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Dilma Rousseff, a atual candidata com mais chance de vencer as eleições presidenciais do Brasil, era tida como vitoriosa pelos especialistas políticos só há duas semanas. Como a sucessora escolhida do presidente mais popular do mundo, Luiz Inácio Lula da Silva, a vitória de Rousseff estava praticamente selada.
Entretanto, depois da reviravolta surpresa no primeiro turno da votação de 3 de outubro, Rousseff se acha agora presa numa batalha cada vez mais difícil contra uma onda crescente de sentimento pró-vida e pró-família no país, que vê Rousseff e seu Partido dos Trabalhadores como o principal promotor de tais medidas polêmicas como a descriminalização do aborto e o “casamento” homossexual. Está ficando cada vez mais evidente que se Rousseff não conseguir se livrar de sua imagem pró-aborto, ela poderá perder a presidência por causa da questão.
A perda de Rousseff no primeiro turno foi amplamente atribuída a uma campanha travada na internet por evangélicos e católicos para exortar os eleitores a votar contra Rousseff e o Partido dos Trabalhadores por causa de sua ideologia abortista e homossexualista. Depois da campanha, que incluiu o vídeo de uma pregação assistida por quatro milhões de brasileiros no YouTube, Rousseff perdeu a maioria dos votos de que ela precisava por três pontos percentuais, obtendo apenas 47% dos votos.
Agora, à medida que mais bispos e padres católicos estão unindo suas vozes ao coro que está denunciando Rousseff, ela está vendo sua liderança sobre seu rival José Serra se esvaindo. Recentes pesquisas de opinião pública têm mostrado que a liderança de Rousseff de 13% sobre o social democrata José Serra durante o primeiro turno da votação caiu cinco pontos percentuais. Rousseff está agora superando Serra por apenas 54% a 46%, colocando Serra cada vez mais perto da vitória nas eleições de 31 de outubro.
Nos dias após a reviravolta, um número crescente de bispos e padres católicos uniram suas vozes ao coro que está condenando Dilma, inclusive Aldo di Cillo Pagotto, arcebispo da diocese da Paraíba, o qual recentemente divulgou um vídeo do YouTube onde ele mesmo denuncia o Partido dos Trabalhadores por táticas desonestas e por trabalhar com organizações internacionais para implementar uma agenda abortista no Brasil.
A posição que os grupos pró-vida assumiram contra Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores tem o apoio de recentes pesquisas de opinião pública, as quais indicam que a vasta maioria dos brasileiros é contra a descriminalização mais ampla do aborto no Brasil. Uma pesquisa de opinião que foi feita recentemente pela agência Datafolha revelou que 71% dos brasileiros não querem mudanças na lei existente, a qual evita penas criminais para abortos somente em casos de estupro ou perigo para a vida da mãe.
Em resposta às pressões, Rousseff começou a recuar de sua posição anteriormente declarada sobre a questão, também sustentada em geral pelo Partido dos Trabalhadores, em favor da descriminalização do aborto. Em debates recentes realizados contra Serra, as reportagens mostraram a oposição dela à descriminalização, tal qual o próprio Serra. Contudo, Rousseff deixou claro que se opõe a ações legais contra mulheres que vão aos hospitais em busca de ajuda por provocarem aborto em si.
Agora, Rousseff está, segundo as reportagens, preparando uma refutação aos ataques contra ela, e também obteve um compromisso de seus aliados entre os evangélicos de fazer a mesma coisa, os quais formaram um segmento importante da coalizão que trouxe o Partido dos Trabalhadores ao poder em 2003. Essa coalizão está agora sob ameaça de rachar entre os evangélicos por causa da questão do aborto, bem como porque o Partido dos Trabalhadores é promotor da agenda política homossexual.
No entanto, a tentativa de Rousseff de se redefinir como candidata pró-vida poderá ser tarde demais para protegê-la das consequências de anos de ativismo pró-aborto do Partido dos Trabalhadores.
Roseann Kennedy, comentarista da rádio CBN, observa numa recente coluna que Rousseff e seus partidários pararam completamente de usar a palavra “aborto”, e estão se limitando a usar declarações gerais sobre o valor da vida, precisamente porque se falarem eles “correm o risco de deixar a campanha de sua candidata Dilma ainda mais enrolada em contradições, porque as resoluções do PT deixam claro seu posicionamento favorável à prática do aborto”.
Cobertura anterior de LifeSiteNews:
YouTube censura pregação pró-vida assistida por milhões de brasileiros
http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/10/youtube-censura-pregacao-pro-vida.html
Governo brasileiro ameaça Igreja Católica por causa de oposição à candidata presidencial pró-aborto
http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/10/governo-brasileiro-ameaca-igreja.html
Candidata presidencial com mais chances de vencer perde votos no primeiro turno — o aborto é questão chave
http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/10/candidata-presidencial-com-mais-chances.html
Candidata presidencial do Brasil com mais chances de vencer declara-se “pessoalmente contra” o aborto
http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/09/candidata-presidencial-do-brasil-com.html
Pastor brasileiro é ameaçado pelo governo por se opor às políticas pró-aborto
http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/09/pastor-brasileiro-e-ameacado-pelo.html
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês:http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/oct/10101401.html
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