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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Governo dos EUA infectou centenas de guatemaltecos com DSTs na década de 1940


Kathleen Gilbert
WASHINGTON, D.C., EUA, 7 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O governo dos EUA anunciou um pedido formal de desculpas depois que se revelou que o governo americano havia infectado centenas de guatemaltecos — que não sabiam de nada — com sífilis e gonorreia como parte de um experimento médico entre 1946-1948.
Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, e Kathleen Sebelius, secretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, condenaram como “chocante” um estudo ainda não publicado que descreve os experimentos que o Serviço de Saúde Pública dos EUA realizou em guatemaltecos décadas atrás enquanto buscava testar a eficácia da penicilina contra essas doenças.
O esquema foi descoberto por Susan Reverby, historiadora médica da Faculdade Wellesley em Massachusetts. Reverby disse numa coletiva à imprensa que presos, pacientes de instituições de saúde mental e até soldados guatemaltecos foram sujeitos aos experimentos. Pesquisadores infectavam indivíduos, disse Reverby, por meio de relação sexual com prostitutas infectadas ou por meio da inoculação de uma bactéria que provoca a sífilis. A inoculação era feita nos braços, faces e pênis dos indivíduos.
“No total, 696 homens e mulheres foram expostos a essas doenças e então receberam penicilina. Os estudos prosseguiram até 1948 e os registros indicam que apesar das intenções nem todos foram provavelmente curados”, escreveu ela.
A Guatemala oficialmente exigiu que fossem totalmente revelados todos os detalhes do estudo nos guatemaltecos.
As revelações imediatamente estimularam comparações com o infame experimento de sífilis em Tuskegee, outro estudo clínico conduzido pelo Serviço de Saúde Pública, em que 399 afro-americanos pobres com sífilis foram, sem saber, sujeitos a exames começando em 1932. Diferente das experiências na Guatemala, os indivíduos de Tuskegee já tinham a doença, e não foram propositadamente infectados.
Mas o estudo, que mais tarde levou a mudanças tais como a lei de consentimento informado, foi inteiramente condenado porque os pesquisadores recusaram informações e tratamento cruciais aos indivíduos sujeitos às experiências, levando à morte deles e à infecção de suas esposas e filhos. O experimento terminou em 1972 depois que foi vazado para a imprensa, 25 anos depois que a penicilina havia sido instituída como tratamento para a sífilis, mas por esse tempo 128 dos indivíduos originais haviam morrido de sífilis ou complicações relacionadas. Em 1997, o ex-presidente Bill Clinton pediu desculpas pelos experimentos de Tuskegee.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês:http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/oct/10100711.html
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