O candidato a presidente José Serra (PSDB) negou que o tema da religiosidade esteja sendo banalizado na campanha e afirmou ontem que foi o 3º PNDH (Plano Nacional de Direitos Humanos), patrocinado pelo governo federal, que levou o aborto a ser tema da campanha. "Esse PNDH é a base de muitas das polêmicas que tiveram sequência a respeito de valores, de religiosidade e tudo o mais", afirmou o candidato tucano, após participar, em Aparecida (SP), de missa solene em homenagem à padroeira do Brasil. O tucano disse que o tema é uma demanda da sociedade e que não foi sua campanha quem o levou ao centro do debate político desde a reta final do primeiro turno. O candidato, ainda em referência ao PNDH, disse que o documento, que foi reformulado pelo governo, previa "criminalizar o não aborto": "[O documento] diz que aborto é um direito humano. Logo, quem é contra, é contra os direitos humanos". Serra foi a Aparecida acompanhado de sua mulher, Monica, do vice Indio da Costa, de Geraldo Alckmin, governador eleito de São Paulo, e de Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Nesta semana Monica foi bastante criticada por Dilma por tê-la associado à defesa do aborto. Segundo reportagem da Agência Estado, Monica teria dito que Dilma "é a favor de matar criancinhas". A exemplo de Dilma, que visitou o santuário católico na véspera, sua presença foi anunciada durante a missa. Com o anúncio, Serra foi aplaudido pela maioria dos cerca de 35 mil presentes. Logo após o sermão do cardeal arcebispo de Belo Horizonte, dom Serafim Fernandes Araújo, Monica, chilena, foi chamada ao altar, onde recebeu uma imagem de Nossa Senhora, que deverá ser levada às famílias dos mineiros soterrados no Chile.
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